domingo, setembro 15, 2013

Pragmatismo - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 15/09

O PSDB do Rio segue esnobando seu principal aliado, o DEM. Depois de convidarem o esportista Bernardinho para ser candidato, os tucanos foram procurados pela deputada Clarissa Garotinho. O PR ofereceu o palanque do Rio para apoiar Aécio Neves. Clarissa se filiaria ao PSDB para puxar votos à Câmara. E os tucanos apoiariam Anthony Garotinho ao governo.

Socialistas irritadosO PSB está inconformado com o tratamento que vem recebendo da presidente Dilma, do ex-presidente Lula e do PT. Seus dirigentes contam que, no auge dos protestos, Dilma e Lula pediram para que o governador Eduardo Campos (PE) os ajudasse a superar aquele momento crítico. O candidato socialista ao Planalto atendeu aos apelos e, durante 90 dias, se recolheu. Mas seus aliados dizem que nesse período Campos não recebeu nenhuma sinalização da presidente nem de Lula. Acrescentam que, foi só o governo sair do sufoco, para que petistas fossem para cima de todo mundo na tentativa de enquadrar, atropelar e desqualificar seus atuais aliados.

“Tem algum médico aqui? Alguém é médico? Conhece algum médico?”
Alexandre Padilha
Ministro da Saúde, após reunião com prefeitos no Planalto, brincando que sua tarefa é pescá-los para o Mais Médicos

O outro lado
Juristas, entre os quais o professor emérito Celso Bandeira de Mello, enviou carta aberta ao STF sobre embargos infringentes, que diz: “Mudar o entendimento da Corte sobre a validade dos embargos referendaria conclusão de que estamos diante de julgamento de exceção".

Cara nova
A presidenciável Marina Silva convidou a ministra do STJ Eliana Calmon para se filiar à Rede e concorrer a governadora ou senadora na Bahia. Como ela é magistrada, seu prazo de filiação vai até março de 2014, não se encerrando dia 5 de outubro. Calmon também pode concorrer ao governo de Brasília, onde mora há cerca de 20 anos.

A pergunta que não quer calar
Os petistas não sabem exatamente qual efeito do fim do julgamento do mensalão nas eleições. Mas querem uma resposta. O secretário Geraldo Magela (PT-DF) pergunta: "O STF vai julgar o mensalão mineiro (PSDB) no ano que vem? 

Um acordo e tanto
Nos bastidores do Senado e da política de Alagoas não se fala de outra coisa. A história é a seguinte: o deputado Renan Filho (PMDB) será candidato a governador e o senador Collor de Mello (PTB) vai disputar a reeleição. Por isso, para tirar o governador Teotônio Vilela (PSDB) da parada, Collor e Renan estão tentando emplacar o nome do tucano para a próxima vaga no TCU.

Jogando para a plateia
A cada dia aumenta a resistência no Senado ao fim do voto secreto. Senadores mais antigos dizem que só aparentemente a proposta é democrática. E preveem: se ele acabar, nunca mais o Congresso vai derrubar veto presidencial. 

Depois da porta arrombada
Deputados experientes e de diferentes partidos estão se reunindo para pensar em medidas que possam melhorar a imagem da Câmara e formas de conter excessos do baixo clero, como a votação que não cassou o mandato de Natan Donadon. 

No Palácio do Planalto, o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, anda sendo chamado de "ex-marido inconveniente".

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